Suspeito preso em MS por esquema de lavagem de dinheiro pode ter R$ 85 milhões bloqueados pela polícia de PE

Foto: Polícia Civil/Reprodução

A operação foi comandada pela Polícia Civil de Pernambuco e contou com equipes de Mato Grosso do Sul, onde a prisão do suspeito ocorreu. A lavagem de dinheiro era feita por empresa de criptomoedas.

Marcos Walevein, de 47 anos, foi preso por suspeita de esquema milionário de lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas, em Dourados (MS), nessa quarta-feira (25). A operação, batizada de “Intruso”, foi orquestrada pela Polícia Civil de Pernambuco e contou com apoio de policiais de Mato Grosso do Sul.

Além da prisão, computadores, celulares, dinheiro em espécie e joias foram apreendidos. Conforme apurado pelo g1, a polícia de Pernambuco solicitou o bloqueio de mais de R$ 85 milhões da empresa que está no nome de Marcos Waleivein, OrCrim.

Em depoimento à polícia, Marcos afirma que já atuou no ramo de investimentos e de que tenha movimentado quase R$ 22 milhões através de uma de suas empresas que atuam no ramo de criptomoedas.

Esquema de lavagem de dinheiro

Conforme informado pela Polícia de Pernambuco, a investigação que culminou na prisão de Waleivein foi iniciada em julho de 2020, com o objetivo de identificar e desarticular organização criminosa voltada à prática dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Em 2020, a polícia apreendeu um carregamento de 650 kg de maconha gorumet em Pernambuco, com selos com algumas iniciais de uma organização criminosa.

Dois anos após o início das investigações dos 650 kg de maconha e apurando o caminho do dinheiro do tráfico da organização criminosa, a polícia conseguiu o afastamento do sigilo bancário e fiscal de investigados e obteve a pedido de prisão de Waleivein e outros 16 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar.

Prisão e defesa

Com as informações das movimentações milionárias, a polícia caminha pela linha de investigação de que o preso em Mato Grosso do Sul poderia atuar como uma espécie de “contador” que lavava dinheiro para organizações criminosas.

Em contato com a defesa de Waleivein, o advogado Maurício Rasslan informou que está com dificuldade para acessar aos autos da investigação e que irá entrar com pedido de Habeas Corpus o quanto antes.

Para o advogado, a “temporariedade” do suposto crime “passou”, já que as investigações correm desde 2020. Rasslan vê a prisão do cliente como ilegal.

“Nós temos dois anos de procedimento, se o poder judiciária quisesse manter provas, ele deveria ter decretado a prisão preventiva lá em 2020. Está fora do tempo a prisão. A busca e apreensão foi realizada com sucesso, durante os 2 anos o juiz tinha todos os dados dele, porque não agiu antes? Vê a prisão como ilegal. Não houve nenhum bloqueio bancário”, finaliza.

 

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