Lula e Bolsonaro se enfrentam no 2º turno

Petista teve 48,1% dos votos válidos e atual presidente ficou com 43,4%; votação final será em 30 de outubro

Imagem: Reprodução/TSE

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 76 anos, e Jair Bolsonaro (PL), 67 anos, disputarão o 2º turno das eleições em 30 de outubro de 2022. Com 98,54% das urnas apuradas até 22h01 deste domingo (2.out.2022), as informações do Tribunal Superior Eleitoral confirmaram que nenhum dos 2 alcançou pelo menos 50% + 1 dos votos válidos.

O petista tem neste momento 56.091.163 votos –48,11% dos votos válidos (sem considerar brancos, nulos e abstenções) e não conseguiu encerrar o pleito no 1º turno, como planejava. Na tentativa de se reeleger, Bolsonaro tem até agora 50.695.718 votos (43,48% dos votos válidos).

Havia grande expectativa do PT de vencer a disputa presidencial no 1º turno. Para evitar um clima de baixo astral entre os militantes, o partido decidiu manter a celebração que estava marcada para a noite deste domingo na av. Paulista, local tradicional de manifestações políticas em São Paulo.

Do lado de Bolsonaro, houve celebração pela ida ao 2º turno. O presidente ganhou mais 4 semanas para tentar reverter o cenário que tem contra si, que continua adverso.

A campanha foi marcada pela polarização entre Lula e Bolsonaro e fortes críticas de um contra o outro. O confronto direto, sem outros oponentes, acirrará a disputa nas próximas 4 semanas.

Nos últimos dias antes do 1º turno, ambos intensificaram as acusações, especialmente nas propagandas de rádio e televisão. A tendência é que o tom suba ainda mais até a votação decisiva.

O atual presidente deu amplo destaque aos escândalos de corrupção de gestões petistas, especialmente os investigados pela operação Lava Jato. Disse que Lula não foi absolvido. O petista segue com problemas na Justiça. Nos últimos comerciais televisivos, Bolsonaro usou as frases “Lula, ladrão. Seu lugar é na prisão” e “Ladrão nunca mais”.

O ex-presidente, por sua vez, criticou a condução da economia no atual governo, com foco no aumento da extrema pobreza e da fome. Também tratou seu principal opositor como mau gestor, político despreparado e sem interlocução internacional.

Ambos tinham como objetivo aumentar a rejeição adversário. A estratégia, no entanto, não prejudicou Lula da forma que Bolsonaro desejava. Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de setembro mostrou que 36% diziam que não votariam no petista “de jeito nenhum”. A taxa recuou 5 pontos percentuais em 15 dias (era de 41% no levantamento de 11 a 13 de setembro).

O presidente da República termina o 1º turno com uma taxa de rejeição mais alta do que seu principal oponente: 53%. O percentual oscila na redondeza dos 50% desde março, sem sinal de que possa recuar.

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