Justiça manda retirar da TV propaganda que diz que Raquel Lyra e Priscila Krause são ‘contra Lula e a favor de Bolsonaro’

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, elas declararam neutralidade no segundo turno da disputa presidencial.

Foto: Beto Marques/TV Globo

A Justiça Eleitoral determinou, no último sábado (15), que as emissoras de TV de Pernambuco retirem do ar uma propaganda da campanha de Marília Arraes (Solidariedade) que diz que Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania) são “contra Lula e a favor de Bolsonaro”. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE), as candidatas a governadora e vice declararam neutralidade no segundo turno da disputa presidencial.

A decisão foi proferida pela desembargadora eleitoral auxiliar Virgínia Gondim Dantas. A propaganda contestada pela campanha de Raquel mostra diversos aliados da candidata ao governo e afirma que eles são “contra Lula e a favor de Bolsonaro”.

“O coordenador de campanha, Daniel Coelho é inimigo de Lula. O presidente do partido de Raquel, também é contra Lula. Miguel Coelho disse que vota em Bolsonaro, Mendonça Filho apoia Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho foi líder do governo Bolsonaro. Todo mundo em volta de Raquel é contra Lula e a favor de Bolsonaro. Será que ela é?”, disse a propaganda da campanha de Marília.

Entretanto, segundo a desembargadora, Raquel Lyra declarou neutralidade na disputa nacional. Na quarta-feira (12), ela disse que não vai declarar apoio no segundo turno para presidente da República. Marília Arraes, por sua vez, é apoiadora de Lula e recebeu endosso oficial do ex-presidente no segundo turno.

Na decisão judicial, a desembargadora considerou que a propaganda é “capaz de induzir em erro o eleitor pernambucano, na medida em que tenta incutir nele a ideia de apoio, que se sabe inexistente, da Sra. Raquel Lyra ao Presidente da República, Jair Bolsonaro”.

A campanha de Raquel também pediu direito de resposta, mas isso foi negado. A desembargadora determinou multa de R$ 10 mil às emissoras, caso a decisão não seja cumprida. À campanha de Marília, a pena é de R$ 5 mil, caso volte a exibir propaganda com esse teor em qualquer outro meio.

g1/PE

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