Cotado para Defesa e elogiado por Mourão, José Múcio tem a marca de conciliação de Lula, avalia jornalista

Para Fabio Victor, autor do livro ‘Poder Camuflado: Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro’, possível escolha de um civil para o Ministério da Defesa e a desmilitarização da Esplanada devem diminuir confusão entre forças armadas e política.

Autor do livro “Poder Camuflado: Os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro”, o jornalista Fabio Victor avalia que a possível escolha de um civil para o Ministério da Defesa e a desmilitarização da Esplanada devem diminuir o que ele chama de “confusão” entre Forças Armadas e política.

“A tendência é que comece a melhorar, aos poucos, o estrago provocado pelo Bolsonaro e por essa politização”, diz ele sobre a eleição do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu o atual presidente no pleito de 2022.

“Já há garantias de que o Ministério da Defesa vá ser ocupado por um civil, o que é uma sinalização importante desde a criação do Ministério da Defesa, em 99, até o governo Temer. Sempre o ministro da Defesa foi um civil. É uma premissa básica para garantir a subordinação do poder militar ao poder civil como deve ser e como é nas principais democracias do mundo”, diz ele em entrevista ao episódio #845 do podcast O Assunto.

O nome do cotado para assumir a Defesa, José Múcio, “tem a marca de conciliação de Lula”, na avaliação de Fabio Victor.

“Até o ministro da Defesa, se for mesmo o José Múcio, já tem a marca dessa conciliação de Lula. É um político de centro-direita e hoje mesmo a indicação dele foi elogiada por Mourão [vice-presidente de Bolsonaro].”

g1

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