Famílias ligadas a movimento social ocupam supermercado no Recife e pedem doação de cestas básicas

Segundo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, ocupação no Novo Atacarejo reuniu cerca de 200 pessoas, no último sábado (17). PM chamou ato de ‘invasão’ e contabilizou 50 participantes.

Famílias integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam um supermercado localizado no bairro de Apipucos, na Zona Norte do Recife, no último sábado (17). Eles pediram a doação de cestas básicas.

Segundo a coordenação do movimento, as ocupações em redes de supermercados são um “protesto contra a fome e a carestia” e acontecem todos os anos dentro da campanha Natal Sem Fome.

Uma das coordenadoras do MLB, Josilene da Silva afirmou que cerca de 200 integrantes de famílias ligadas ao movimento social participaram da ocupação. Ela disse que houve confusão com clientes do supermercado, por isso a Polícia Militar (PM) foi chamada.

“A gente está fazendo uma manifestação pacífica e fez uma corrente humana na frente dos caixas. Um homem deu um murro no peito de uma coordenadora, uma mulher quis bater também. Quando vi já estava a confusão”, contou Josilene ao g1.

A coordenadora também falou que um policial agrediu uma criança de 8 anos. “Tem 25 crianças aqui. Uma delas foi agredida por um policial”, declarou Josilene.

O que dizem as polícias
Por meio de nota, a PM afirmou que policiais militares do 11º Batalhão “foram acionados pela Central para uma invasão ao supermercado” Novo Atacarejo.

“Cerca de 50 pessoas exigiam do estabelecimento comercial a doação de alimentos. O pleito dos manifestantes não foi atendido. Após negociação, eles foram retirados do local. Não houve danos ao patrimônio”, disse a Polícia Militar, no texto.

Sobre a denúncia da agressão a uma criança no local, a PM declarou que, até a tarde do último sábado (17), “não tem registro de queixa a respeito do procedimento do policiamento”.

A PM também falou que “lembramos que qualquer pessoa que se sentir, de alguma forma, lesada em algum tipo de procedimento policial pode formalizar uma denúncia, munida de provas, na Corregedoria Geral da SDS, para a apuração dos fatos em seu inteiro teor”.

A Polícia Civil também foi procurada pelo g1 e respondeu que não localizou nenhum registro dessa ocorrência. Por meio da assessoria de imprensa, o Novo Atacarejo informou que não vai se pronunciar sobre o caso.

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