PSOL pede investigação de responsabilidade de casal de deputados pernambucanos por atos de terrorismo de bolsonaristas em Brasília

Clarissa Tércio (PP) e Júnior Tércio (PP) publicaram vídeo de terrorista que invadiu teto do Congresso Nacional.

Foto: Reprodução/Instagram

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de políticos na investigação sobre a responsabilidade pelos atos terroristas de bolsonaristas criminosos em Brasília, no domingo (8). Dois deles são a deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) e o marido dela, deputado estadual eleito Júnior Tércio (PP)

Os golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes depredaram o prédio do STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Eles quebraram vidraças e destruíram obras de arte, itens históricos e inúmeros equipamentos, deixando um rastro de vandalismo na capital federal.

No pedido, direcionado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o PSOL afirma que Clarissa Tércio e Júnior Tércio, ambos políticos bolsonaristas, publicaram em redes sociais o vídeo feito por uma terrorista que furou bloqueio policial para invadir o teto do Congresso Nacional.

O documento afirma que a ação “endossa a mensagem que o poder fora “tomado pelo povo'”, e afirma, ainda, que os deputados inseriram, no vídeo, créditos com os endereços de suas próprias redes sociais.

O casal de políticos obteve algumas das maiores votações em Pernambuco, nas eleições de 2022. Clarissa Tércio, que é deputada estadual, foi a segunda mais votada para o cargo de deputada federal. Júnior Tércio, que é vereador do Recife, foi o mais votado para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Respostas
Clarissa e Junior Tércio afirmaram, por meio de nota, que são “totalmente contrários a qualquer ato de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público, que venha a ameaçar a democracia”.

Afirmaram, também, que repudiam qualquer tentativa de serem tachados como apoiadores de atos violentos e inconstitucionais.

“Fazemos questão de reafirmar nosso posicionamento e esclarecer que não estávamos na capital brasileira, como vem sendo repercutido de forma maldosa e na tentativa de nos prejudicar. Entendemos que a Constituição Federal nos garante o direito à livre manifestação, desde que seja de forma ordeira e pacífica”, afirmaram.

A TV Globo também procurou o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), que, por meio da assessoria de imprensa, disse que não iria falar sobre o assunto, e que o caso será tratado pela Comissão de Ética do Legislativo.

O presidente da Comissão de Ética, deputado Tony Gel (PSB), disse, por telefone, que qualquer investigação só poderá ser iniciada a partir de 1º de fevereiro, quando Júnior Tércio toma posse na Alepe.

Sobre Clarissa Tércio, ele disse que acredita que a casa não teria tempo hábil para uma investigação, tendo em vista que o mandato da parlamentar está no fim.

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