Merendeiras e faxineiras são obrigadas a pintar escola em Alhandra, cidade mais rica do Litoral Sul

Vergonha!

Estamos quase no fim de fevereiro, mas as aulas deste ano de 2023 ainda não tiveram início em Alhandra. Porém, para que uma das maiores escolas da cidade não atrase ainda mais o aprendizado dos alunos, o secretário de educação, Professor Fernando, resolveu obrigar os funcionários contratados a trabalhar na manutenção do prédio, tendo em vista que a gestão municipal abandonou a unidade e não fez os mínimos reparos necessários para o retorno das aulas.

Funcionários contratados para limpeza, merendeiras, jardineiros, dentre outros, foram responsáveis pela pintura das paredes e restauração das cadeiras, sempre observados de perto pelo secretário linha dura.

Além disso, os alunos estão há quase três meses sem aula e só nesta quinta-feira (23), a gestão educacional resolveu pintar a escola para as aulas que voltam na próxima segunda-feira (27), usando a mão de obra principalmente das mulheres, sem nenhum equipamento de segurança ou experiência em pintura.

“Tive que subir escada alta, morrendo de medo e quase levei choque no fio desencapado. Mas, sou por contrato e não posso perder meu emprego, todas estão indo com ódio, porque ainda tivemos o mutirão para lavar toda a escola que tava podre”, disse uma servidora.

Professores que presenciaram a cena, consideraram absurda a situação da escola e mostraram que o teto também está com problemas, tendo até uma estaca para segurar.

Alhandra é a cidade mais ricas da Paraíba. Para se ter ideia, no ano de 2022 foi o quarto município que mais arrecadou ICMS, totalizando mais de R$ 77 milhões.

Nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023 a soma dos valores repassados aos cofres municipais também com FPM foi de 31 milhões. Mesmo assim, a Prefeitura se aproveita dos servidores sem experiência, os desviando da função para não pagar a profissionais.

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