O IMBATÍVEL

Imagem: Reprodução

Dos caciques políticos de Pedras de Fogo, Manoel Alves da Silva Júnior foi o último a nos deixar. Verdade seja dita, sua repentina partida deixa uma lacuna considerável. Pois todo o jogo político se articulava em torno dele. Discorde quem
quiser, mas toda voz política existia como adversária ou como submissa a Manoel Júnior.

Quem não se lembra de Luiz do Canto, que colocou Dr. Júnior no poder e rompeu os laços. E, certamente, arrependido, terminou nos braços do adversário nas últimas eleições em que participou. E Dr. Hildemar que foi sempre o fiel da balança nas
vitórias de Manoel Júnior. Sem as candidaturas de Hildemar, o histórico de vitórias de seu adversário não teria sido o mesmo. O saudoso Manoel Rosendo também não fugia à regra.

Porém a pergunta que não quer calar é como fica o tabuleiro político na cidade com a ausência do maior e último baluarte da política local?

José Carlos Ferreira Barros, o popular Bá, é um empresário bem sucedido e muito querido na cidade. Não tem adversários políticos e isso é um dividendo eleitoral que poucos têm o prazer de ostentar. Por esse motivo, as articulações dos bastidores já dão conta de uma intensa mobilização em torno de Bá. Todas as forças políticas tendem a se juntar a ele, uma vez que não há resistência a seu nome. Bá é um político iniciante e isso é o seu maior trunfo.

Mas, e como fica o último gestor derrotado? Não fica. A única motivação para sua passagem questionável pela prefeitura tinha sido justamente o desgaste dos apadrinhados de Manoel Júnior no poder. Se não fosse isso, nunca teria sido prefeito da cidade.

Mas com a partida de Júnior também se acaba a força do último derrotado. Seus remanescentes votos não tem motivos para não votar em Bá em uma disputa eleitoral futura. O antigo adversário não existe mais. A velha política e as velhas rivalidades chegaram ao fim.

É bem verdade que Bá herdou um compromisso árduo para conduzir: continuar uma gestão que comparada às últimas, não há reprovação considerável a ser mencionada. Pelo contrário, a aprovação vai bem. Com realizações que vinham aos trancos e barrancos, é verdade, devido à enfermidade do antigo gestor, mas que já se sabia da disponibilidade dos recursos para a retomada das obras do Hospital e da Alça Viária. E a aprovação se potencializou ainda mais com a comoção que tomou conta da cidade.

Bem! Mas se o desafio deixado é grande, não podemos negar que Bá também ganhou uma oportunidade única de se tornar o grande protagonista da política local. A cidade demonstra um acolhimento caloroso ao novo gestor. Há um sentimento geral de boas-vindas ao nome do novo prefeito, Bá Barros. Todos estão torcendo pelo seu sucesso na administração municipal.

E nessas circunstâncias, nem há espaço para a antiga terceira via. Leonardo Barros, Adelson Cabeção ou qualquer outro não têm motivos para não dialogar com Bá Barros.

A depender do próprio Bá: da sua competência administrativa, já demonstrada como empresário, da sua desenvoltura e da sua capacidade de diálogo com todos, segundo um dos políticos locais, Misael do Ovo, a preço de hoje, o atual prefeito nas eleições próximas será indiscutivelmente…

ImBAtível.

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