Uma pesquisa do Laboratório de Biofísica Estatística da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, traz uma nova teoria para explicar porque nunca houve um registro oficial de vida extraterrestre tentando entrar em contato com a Terra.
Segundo o jornal americano “New York Post”, o biofísico britânico líder da equipe de pesquisa, Claudio Grimaldi, sugere que os alienígenas podem tentar se comunicar com o planeta, mas o fato dos terráqueos terem passado a buscar o contato há apenas 60 anos, exige que os cientistas tenham paciência na busca por outras formas de vida.
“A Terra poderia simplesmente estar em uma bolha que por acaso é desprovida de ondas de rádio emitidas pela vida extraterrestre”, teoriza.
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O estudo é baseado em um modelo desenvolvido para materiais porosos, como esponjas, e analisou os 60 anos de silêncio de rádio entre terráqueos e outras formas de vida da galáxia. Uma hipótese levantada é a de que a humanidade está “usando detectores que não são sensíveis o suficiente” para receber mensagens e que os radiotelescópios podem não estar apontados na direção certa para receber os recados.
“Você pode imaginar a matéria sólida da esponja para representar sinais eletromagnéticos irradiando esfericamente de um planeta que abriga vida extraterrestre no espaço”, aponta o cientista.
Este sinal eletromagnético é um tipo de energia que viaja pelo espaço como um campo elétrico e magnético flutuante. Ele, então, pode assumir as formas de ondas de rádio, microondas, luz visível, radiação infravermelha, radiação ultravioleta, raios gama e raios-X.
“Se é verdade que estamos em uma região vazia há sessenta anos, nosso modelo sugere que há menos de uma a cinco emissões eletromagnéticas por século em qualquer lugar de nossa galáxia. Isso os tornaria tão raros quanto as supernovas na Via Láctea”, complementa.
Grimaldi teoriza que a Terra foi posicionada em uma bolha silenciosa desde o início das tentativas de contato com extraterrestres.
Para o pesquisador, os cientistas precisarão esperar no mínimo 60 anos para que os sinais chegassem aos outros planetas. Ele ressalta que o tempo necessário para a realização do contato pode chegar a cerca de 2.000 anos, uma vez que os radiotelescópios da Terra ainda precisarão se tornar mais avançados e serem apontados na direção correta para permitirem o contato.
Extra Globo
