Lula acusa Israel de cometer “genocídio” em Gaza e faz comparação com Hitler

Declarações são as mais contundentes emitidas até agora sobre o conflito por Lula, que ocupa a Presidência rotativa do G20

Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência Brasile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou Israel neste domingo(18) de cometer um “genocídio” contra civis palestinos na Faixa de Gaza e comparou suas ações com a campanha de Adolf Hitler para exterminar os judeus.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio”, declarou Lula à imprensa em Adis Abeba, na Etiópia, onde participa da cúpula da União Africana.

Para Lula, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados”.

“É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existe. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, acrescentou.

Estas declarações são as mais contundentes emitidas até agora sobre o conflito por Lula, que ocupa a Presidência rotativa do G20.

Lula, de 78 anos, afirmou em novembro que o movimento islâmico palestino Hamas “cometeu um ato terrorista” durante o ataque de 7 de outubro em Israel, que deixou 1.160 mortos, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP com dados oficiais israelenses .

Os militantes islâmicos também sequestraram neste dia 250 pessoas, das quais 130 continuam reféns em Gaza, incluindo 30 que permanecerão morridos, segundo dados israelenses.

Lula tem criticado duramente a resposta israelense que já deixou 28.985 mortos, em sua maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, um território palestino governado pelo Hamas desde 2007.

Em viagem ao Cairo na quinta-feira, Lula criticou a guerra em Gaza, e já qualificou a ofensiva como uma “punição coletiva”.

Afirmou ainda que “não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, estar matando mulheres e crianças”.

AFP

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