Transplante de Rins de Porco oferece esperança para pacientes em espera

Cirurgia pioneira realizada por médico brasileiro nos EUA traz novas possibilidades para a saúde renal

Imagem: Reprodução/Globo News

A esperança é grande de que esse avanço na medicina traga resultados positivos, mudando radicalmente a vida daqueles que sofrem com a falta de órgãos exclusivos para sua sobrevivência. Com o sucesso deste tipo de operação, podemos presenciar uma redução significativa no número de mortes causadas pela escassez de órgãos disponíveis para transplante. Afinal, os transplantes de rim representam uma grande maioria, cerca de 92%, da fila de espera por transplantes no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde.

Segundo informações atualizadas até esta quarta-feira (20), mais de 42 mil pessoas aguardaram na fila por um órgão no país, sendo que a grande maioria, cerca de 39 mil, necessita de um novo aro. Portanto, o sucesso dessa inovadora técnica de transplante de rim utilizando órgãos de porcos poderia representar uma verdadeira mudança de paradigma no cenário da saúde, oferecendo uma nova chance de vida para milhares de pacientes que lutam diariamente contra doenças renais e outras condições médicas que requerem transplantes. de órgãos.

Um transplante brasileiro conduziu um procedimento pioneiro de transplante renal utilizando um aro de porco geneticamente modificado em um paciente vivo. A operação ocorreu em um hospital em Boston, onde o médico é baseado. Este é o primeiro transplante desse tipo realizado em um paciente que ainda estava vivo. Anteriormente, em 2021, um grupo de pesquisa em Nova York realizou um transplante semelhante, mas em um paciente que teve morte cerebral.

O destinatário do rim é um homem de 62 anos de idade, com uma condição renal avançada. O médico responsável pelo procedimento relatado que o paciente está mostrando sinais positivos de recuperação. Se a recuperação for bem-sucedida, este avanço pode representar uma luz no fim do túnel para aqueles que aguardam por um transplante renal. No Brasil, a demanda por enxágues para transplante é significativamente alta, com uma extensa lista de espera.

A pesquisa envolvendo xenotransplante, que consiste na transferência de órgãos de animais para humanos, é uma área de estudo em desenvolvimento há muitos anos. Um dos principais desafios enfrentados pelos pesquisadores foi lidar com a contaminação do tecido animal pelo sistema imunológico humano.

Para superar esse desafio, o aro utilizado no transplante foi fornecido pela empresa eGenesis, sediada em Cambridge, Massachusetts. O órgão foi obtido de um porco doador que passou por modificações genéticas específicas para minimizar o risco de exclusão pelo organismo humano.

Durante o processo de modificações genéticas, os pesquisadores removeram genes suínos que poderiam desencadear respostas imunológicas adversárias no corpo humano. Em contrapartida, foram inseridos genes humanos para melhorar a compatibilidade do órgão com o receptor humano. Além disso, foram tomadas medidas para desativar retrovírus endógenos suínos no doador de porcos, garantindo que não houvesse risco de infecção em seres humanos após o transplante. Essas alterações genéticas foram essenciais para aumentar as chances de sucesso do xenotransplante e minimizar os efeitos adversos no receptor.

A espera por um transplante renal é uma realidade para muitas pessoas, representando a maioria da fila de espera por órgãos. Para aqueles que aguardam por um novo rim, a vida muitas vezes é marcada pela dependência da hemodiálise, um procedimento que muitas vezes precisa ser realizado diariamente. Além disso, os confrontos restringem quanto ao consumo de líquidos, pois seus corpos não fornecem naturalmente a filtragem necessária. A possibilidade de utilizar um aro de porco para transplante poderia representar uma verdadeira revolução para essas pessoas, oferecendo uma nova esperança e qualidade de vida.

Da redação Ponto Notícias l Com Informação Poliana Casemiro

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