Um relatório do Ministério de Minas e Energia (MME), divulgado esta semana, mostra uma queda de 8% no preço do etanol hidratado nos primeiros quatro meses de 2024. Essa redução resultou em um aumento de 53,8% nas vendas, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Com mais consumidores optando por abastecer com etanol, a demanda por gasolina C diminuiu 6,7%. No mesmo período, o preço da gasolina derivada do petróleo aumentou 8%.
Crescimento no consumo de energia em veículos leves
No segmento de veículos leves do ciclo Otto, que utiliza gasolina, etanol e gás natural, houve um aumento de 5,5% no uso de energia, impulsionado pelo maior consumo de etanol, um combustível renovável.
Produção de biodiesel em alta
A produção de biodiesel teve um crescimento de 38,8% entre janeiro e abril. Em contrapartida, o consumo de diesel de petróleo caiu 7,2%. O biocombustível, feito a partir de óleos vegetais e gorduras residuais, é misturado ao diesel de petróleo vendido nos postos. Em março deste ano, a mistura obrigatória de biodiesel subiu de 12% para 14%, aumentando a demanda pelo combustível renovável. A partir de março de 2025, o percentual será elevado para 15%.
Reajuste da gasolina pela Petrobras
Os preços da gasolina subiram 2% na segunda semana de julho, atingindo uma média de R$ 5,97 por litro, conforme a ANP. Esse aumento ocorreu após a Petrobras reajustar os preços médios do combustível em 7% – o primeiro ajuste de 2024. Com o reajuste nas refinarias, o preço da gasolina para as distribuidoras passou a ser, em média, R$ 3,01 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro para composição da gasolina C, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor foi calculada em R$ 2,20/litro, uma variação de R$ 0,15 a cada litro de gasolina vendida nos postos. O último aumento de preço pela companhia havia ocorrido em agosto de 2023.
Com informações do EPBR
