O candidato à prefeitura do Recife, Gilson Machado (PL), criticou a decisão da Justiça Eleitoral, que determinou a suspensão de seu guia eleitoral por 48 horas. Apadrinhado por Jair Bolsonaro, Gilson vem denunciando o que alega ser irregularidades nos contratos de creches do município.
A suspensão, determinada pela 4ª Zona Eleitoral nesta quinta-feira (12), é a terceira medida judicial contra a campanha de Gilson em menos de 15 dias, todas relacionadas à divulgação de “fatos sem comprovação de veracidade”. O candidato tem atacado a gestão de João Campos (PSB), tentando enfraquecer o atual prefeito e forçar um segundo turno nas eleições.
A primeira suspensão de sua propaganda ocorreu no dia 4 de setembro, com uma multa de R$ 5 mil caso não fosse respeitada. Com o aumento das denúncias, o valor da multa foi gradualmente elevado, chegando a R$ 50 mil no dia 8. No dia 9, a Justiça concedeu o direito de resposta a João Campos dentro do guia eleitoral de Gilson.
Com o terceiro revés consecutivo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Gilson utilizou as redes sociais para protestar. Ele reafirmou a veracidade das denúncias sobre a rede municipal de ensino e acusou a Justiça Eleitoral de censura.
“Silenciaram um candidato simplesmente por abordar um tema. Agora está proibido falar ‘creche’, tocar nesse assunto. Uma decisão individual de uma juíza calou o programa por dois dias. Espero que haja Justiça em Pernambuco, aqui no Recife, porque isso remete ao que acontece hoje na Venezuela”, declarou o candidato do PL.
Com informações do LeiJá
