- 16/04/2024
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Abril Azul: mês de conscientização sobre o autismo
O mês de abril, em específico o dia 2, foi escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como destinado a sensibilizar toda a sociedade sobre o autismo e a inclusão destas pessoas na sociedade. O autismo se refere a um transtorno do neurodesenvolvimento que pode levar a um desenvolvimento atípico, com déficit principalmente na comunicação e na interação social, o qual atinge mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.
Atualmente ele é classificado como um espectro, tendo em vista a ampla variação de características que pode ocasionar e os diferentes graus de necessidades que as pessoas acometidas podem apresentar. Assim, passou a ser denominado “Transtorno do Espectro Autista” (“TEA”), o qual pode ser classificado como leve, moderado ou severo. O diagnóstico pode ser feito na infância, geralmente a partir dos 3 anos, por meio da identificação de sintomas de cunho emocional, motor, cognitivo ou sensorial, como dificuldades na fala e na socialização, movimentos repetitivos e dificuldades de compreensão.
O suporte terapêutico, que deve ser oferecido por equipe multiprofissional e em ações integradas na rede de atenção em saúde, visa propiciar maior autonomia e qualidade de vida às pessoas com autismo.
Cabe lembrar que o autismo se configura como um tipo de deficiência, e, portanto, para efeitos legais, as pessoas autistas têm o mesmos direitos que Pessoas com Deficiência (PcD), incluindo aqueles específicos relacionados ao atendimento de suas singularidades.
Entretanto, observa-se que o TEA é ainda pouco conhecido, e os obstáculos para conseguir o atendimento necessário e adequado são muitos, o que dificulta não só o desenvolvimento, mas a acessibilidade e inclusão dessas pessoas, situações essas ocasionadoras de muito sofrimento e desgastes aos pais e às pessoas com o transtorno.
Nesse sentido, cabe a todos procurar se informar sobre tal condição, a fim de acolher essas pessoas, onde quer que seja, como em escolas, shoppings, aeroportos, clubes, serviços de saúde, considerando suas especificidades e direitos. O cordão de girassol é um acessório diferenciado, criado na Inglaterra em 2016, para facilitar a identificação de pessoas que possuem deficiência não perceptível. O cordão de quebra-cabeças identifica especificamente as pessoas com autismo.
O TEMPO – Jaqueline A. Guimarães Barbosa