• 09/12/2022
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Forças Armadas: escolha de comandantes seguirá critério de antiguidade, diz Múcio

Forças Armadas: escolha de comandantes seguirá critério de antiguidade, diz Múcio

Futuro ministro da Defesa disse que apresentará nomes a Lula nesta sexta. Brigadeiro Damasceno (Aeronáutica), general Arruda (Exército) e almirante Olsen (Marinha) devem ser indicados.

O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse nesta sexta-feira (9) que o critério a ser utilizado para escolha dos comandantes das Forças Armadas será o da antiguidade, ou seja, serão selecionados aqueles militares com mais tempo de serviço em cada instituição.

Múcio deu a declaração instantes após ter sido anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como titular da Defesa a partir de 1º de janeiro. O anúncio foi feito nesta sexta (9) em uma coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

“É o critério tradicional das Forças Armadas, que é o mais antigo de cada força”, disse Múcio.

Ainda, segundo o futuro ministro, os nomes seriam:

Aeronáutica: tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno;
Exército: general Julio Cesar de Arruda;
Marinha: almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.
Já o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas deve ser o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire.

De acordo com a colunista do g1 Andreia Sadi, esses nomes já foram, inclusive, definidos conjuntamente entre Lula e José Múcio Monteiro e falta apenas o anúncio oficial.

Durante coletiva, no entanto, Lula disse que o futuro ministro escolherá os comandantes e vai levar os nomes para análise. Já José Múcio Monteiro informou que deverá apresentar seus indicados ainda nesta sexta-feira.

O futuro ministro disse também que na próxima semana deverá se reunir com o atual titular da pasta, Paulo Sérgio Nogueira, e com os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele declarou que espera uma transição com “harmonia”.

“Vamos conversar para que tudo seja tranquilo, como se fosse uma passagem de comando, uma mudança de guarda. Tem que apaziguar, esse é o papel principal. É a harmonia entre as Forças”, disse.

Militares não têm que ‘fazer política’

Na entrevista que concedeu no CCBB, o presidente eleito afirmou que cabe às Forças Armadas defender o povo brasileiro e a soberania do país e não “fazer política”.

“As Formas Armadas têm um papel importante. As Forças Armadas têm um papel constitucional: têm que cuidar da soberania nacional, tem que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. E é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato, se aposente e seja candidato”, afirmou Lula.

Durante todo o governo Bolsonaro, generais ocuparam cargos no alto escalão do governo, entre os quais Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e Secretaria de Governo), Eduardo Pazuello (Saúde), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo).

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