- 15/05/2025
- Sem Comentário
- 3 Minutos de Leitura
Justiça do Rio Afasta Ednaldo Rodrigues da Presidência da CBF; Fernando Sarney Assume Interinamente

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou, nesta quinta-feira (15/5), o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão partiu do desembargador Gabriel Zefiro, que acolheu argumentos que colocam em dúvida a legalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a entidade e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2022. Com isso, quem assume interinamente a presidência é Fernando Sarney, vice-presidente da CBF e filho do ex-presidente da República José Sarney. Ele será o responsável por conduzir as próximas eleições da entidade.
Essa já é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado do comando da CBF. O primeiro episódio ocorreu em 2023, quando uma ação judicial questionou a validade do TAC que garantia ao dirigente um mandato de quatro anos à frente da confederação. Agora, o foco está em um novo processo que analisa se Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, possuía capacidade mental para assinar o referido acordo. O Coronel, que teve câncer no cérebro e passou por uma cirurgia, apresenta laudos médicos desde 2018 que indicam déficit cognitivo, o que comprometeria sua habilidade de celebrar atos da vida civil.
Na decisão mais recente, o desembargador Gabriel Zefiro destacou que a ausência do Coronel Nunes na audiência marcada para o dia 12 de maio – momento em que seria avaliada sua condição mental – foi determinante para reforçar os indícios de incapacidade. “Indícios é o que temos. A prova dependeria da presença do Coronel à audiência. Ele não veio, e certamente não virá jamais. Então, trabalhemos com o que temos”, afirmou o magistrado.
A disputa interna pela liderança da CBF ganha novos contornos com a entrada de Fernando Sarney no comando. Crítico declarado da gestão de Ednaldo Rodrigues, ele ingressou com pedidos na Justiça para afastar o então presidente, alegando irregularidades no processo que o manteve no cargo. Agora, cabe a Sarney organizar o calendário eleitoral e tentar pacificar uma entidade que há anos enfrenta polêmicas e disputas políticas.