• 26/07/2024
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Maduro apela ao chavismo raiz no último dia de campanha na Venezuela

Maduro apela ao chavismo raiz no último dia de campanha na Venezuela

No último dia da campanha presidencial para as eleições que definirão o futuro da Venezuela no domingo (28/7), Nicolás Maduro apelou ao chavismo raiz na tentativa de conquistar votos e garantir um terceiro mandato.

À tarde, o atual presidente venezuelano participou de um evento em Maracaibo, onde chamou o candidato da oposição, Edmundo González, de “marionete” e “capitalista selvagem”. Maduro usou um tom populista, perguntando se a população preferia um “homem do povo”, como ele, ou um “boneco da direita radical extremista” na presidência do país.

Já à noite, em um comício na capital Caracas, o líder chavista falou sobre democracia e prometeu diálogo com os setores econômico, social, cultural e político da Venezuela. Maduro se descreveu como um “campeão mundial em diálogo, reconciliação, entendimento, consenso e acordos”. Durante o evento, ele pediu que a comunidade internacional não interfira nos assuntos internos da Venezuela, garantindo que haverá paz “antes, durante e depois” do pleito de domingo. “Sou o líder da união cívico-militar e garanto isso”, afirmou.

Apesar de sinalizar tranquilidade para as eleições, Maduro fez uma ameaça à oposição no último comício de sua campanha. Atrás nas últimas pesquisas de intenção de voto, o líder chavista insinuou que a oposição não reconhecerá o resultado do pleito e recorrerá à violência caso Edmundo González não seja eleito. “Haverá mão de ferro e justiça para os fascistas e os violentos”, disse Maduro sobre a possibilidade de a oposição não aceitar uma suposta vitória do chavismo nas urnas.

Oposição apreensiva

Também em Caracas, o candidato da coligação de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD), Edmundo González, desfilou em carro aberto ao lado da líder da oposição, María Corina Machado, que foi impedida de concorrer à presidência. Os dois foram recebidos por apoiadores com bandeiras da Venezuela e cartazes que pediam união e liberdade para o país.

Edmundo González demonstrou confiança em uma possível vitória no domingo, em eleições classificadas por María Corina Machado como “uma luta existencial e espiritual” contra o governo Maduro. Sobre o resultado das eleições, González expressou a crença de que as Forças Armadas da Venezuela respeitarão o resultado, mesmo que Maduro não seja reeleito. “Vamos vencer, vamos cobrar e confiamos que nossas Forças Armadas respeitarão a vontade do nosso povo”, disse o ex-diplomata durante uma coletiva de imprensa. “Milhões de venezuelanos querem mudanças.”

Apesar da esperança de vitória, a oposição mostrou preocupação quanto à votação, anunciando que cerca de 60 observadores internacionais monitorarão o pleito deste fim de semana. González, no entanto, chamou de “sinal ruim” o recuo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decidiu não enviar funcionários à Venezuela após Maduro atacar o sistema eleitoral brasileiro. Apesar da desistência do TSE, o assessor especial de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, irá ao país para acompanhar as eleições.

Com informações – Metrópoles

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