• 04/12/2021
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Peneira automatizada deve facilitar trabalho de pescadores e marisqueiras

Peneira automatizada deve facilitar trabalho de pescadores e marisqueiras

Um projeto do Instituto Federal de Ciência de Tecnologia (IFPB), Campus João Pessoa, tem levado uma solução tecnológica, de baixo custo, para uma comunidade de marisqueiras e pescadores do Renascer, em Cabedelo.

No dia 12 deste mês, o protótipo de uma peneira automatizada, que serve para a separação da carne do marisco, foi apresentado a membros da comunidade durante a realização da primeira oficina. Para o professor Maurício Camargo, que coordena a pesquisa, “a oficina foi muito positiva, tendo em vista que foi possível realizar uma integração de saberes entre a comunidade de marisqueiras e pescadores, com os alunos e professores proponentes do projeto”.
Maria José, marisqueira que está na profissão há mais de 15 anos, tem sérios problemas de saúde devido ao intenso esforço físico exigido pelo seu trabalho. Para ela, a máquina de bater mariscos é “um sonho realizado”, principalmente para sua saúde física, “esse projeto reduz esforço físico e tempo, o que é bom para as mulheres que têm serviço e criança em casa”.


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A peneira automatizada também prevê a diminuição das possibilidades de contaminação cruzada do produto, eliminando os riscos de segurança alimentar. Os pescadores e marisqueiros não precisarão pagar pelo produto, “eles sempre deixaram bem claro que essa máquina não terá custo para nós, simplesmente é para ajudar os pescadores nas condições de humanização e meio ambiente”, relatou Maria José.

A máquina está passando por alguns ajustes e em breve estará em funcionamento. Segundo Maria José, seu faturamento provavelmente será aumentado pela tecnologia, “é de onde eu tiro meu sustento e de meus filhos”.

O Projeto 4.0 prevê, ainda, a criação de um protótipo que utilize os grandes volumes de resíduo sólido que constituem as conchas do marisco, para aplicações na construção civil e na indústria, gerando assim uma nova alternativa de renda para a comunidade pesqueira, além de diminuir os impactos ambientais nas margens do rio e áreas de manguezal do estuário do rio Paraíba. Além disso, a equipe ainda deve apresentar à comunidade do Renascer um protótipos de Biodigestor automatizado para produção de biogás, utilizando o resíduo líquido do marisco.

Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores, o projeto é coordenado pelo professor Maurício Camargo Zorro, do IFPB campus João Pessoa.

 

g1/PB

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