• 11/01/2023
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PSOL pede investigação de responsabilidade de casal de deputados pernambucanos por atos de terrorismo de bolsonaristas em Brasília

PSOL pede investigação de responsabilidade de casal de deputados pernambucanos por atos de terrorismo de bolsonaristas em Brasília

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de políticos na investigação sobre a responsabilidade pelos atos terroristas de bolsonaristas criminosos em Brasília, no domingo (8). Dois deles são a deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) e o marido dela, deputado estadual eleito Júnior Tércio (PP)

Os golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes depredaram o prédio do STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Eles quebraram vidraças e destruíram obras de arte, itens históricos e inúmeros equipamentos, deixando um rastro de vandalismo na capital federal.

No pedido, direcionado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o PSOL afirma que Clarissa Tércio e Júnior Tércio, ambos políticos bolsonaristas, publicaram em redes sociais o vídeo feito por uma terrorista que furou bloqueio policial para invadir o teto do Congresso Nacional.

O documento afirma que a ação “endossa a mensagem que o poder fora “tomado pelo povo'”, e afirma, ainda, que os deputados inseriram, no vídeo, créditos com os endereços de suas próprias redes sociais.

O casal de políticos obteve algumas das maiores votações em Pernambuco, nas eleições de 2022. Clarissa Tércio, que é deputada estadual, foi a segunda mais votada para o cargo de deputada federal. Júnior Tércio, que é vereador do Recife, foi o mais votado para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Respostas
Clarissa e Junior Tércio afirmaram, por meio de nota, que são “totalmente contrários a qualquer ato de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público, que venha a ameaçar a democracia”.

Afirmaram, também, que repudiam qualquer tentativa de serem tachados como apoiadores de atos violentos e inconstitucionais.

“Fazemos questão de reafirmar nosso posicionamento e esclarecer que não estávamos na capital brasileira, como vem sendo repercutido de forma maldosa e na tentativa de nos prejudicar. Entendemos que a Constituição Federal nos garante o direito à livre manifestação, desde que seja de forma ordeira e pacífica”, afirmaram.

A TV Globo também procurou o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), que, por meio da assessoria de imprensa, disse que não iria falar sobre o assunto, e que o caso será tratado pela Comissão de Ética do Legislativo.

O presidente da Comissão de Ética, deputado Tony Gel (PSB), disse, por telefone, que qualquer investigação só poderá ser iniciada a partir de 1º de fevereiro, quando Júnior Tércio toma posse na Alepe.

Sobre Clarissa Tércio, ele disse que acredita que a casa não teria tempo hábil para uma investigação, tendo em vista que o mandato da parlamentar está no fim.

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