• 10/06/2025
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Quadrilha que alugava carros, clonava chaves e instalava rastreadores para furtá-los é desarticulada em Pernambuco

Quadrilha que alugava carros, clonava chaves e instalava rastreadores para furtá-los é desarticulada em Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) desarticulou uma quadrilha especializada em furtos de veículos durante a operação “Chave Mestra”, realizada nesta terça-feira (10). As investigações revelaram que o grupo criminoso utilizava um esquema engenhoso: os suspeitos alugavam carros de locadoras, instalavam rastreadores clandestinos e clonavam as chaves dos veículos. Após a devolução regular dos automóveis, eles monitoravam sua localização até o momento ideal para furtá-los usando as chaves falsificadas.

Foram cumpridos três mandados de prisão nos bairros do Jordão e Ibura, na Zona Sul do Recife, além de seis mandados de busca e cinco de busca e apreensão. Durante as buscas, foram apreendidos documentos de veículos locados, diversas chaves clonadas e duas pistolas calibre 380. Um dos presos também foi flagrado com arquivos contendo material de pornografia infantil, incluindo vídeos de abuso sexual envolvendo crianças de até 10 anos.

Como a quadrilha agia?

As investigações começaram em outubro de 2024, após a prisão do líder do grupo, que foi detido ao furtar um Fiat Mobi em Boa Viagem, bairro nobre da capital pernambucana. Na época, ele chegou a passar por audiência de custódia, mas foi liberado. Atualmente, encontra-se foragido. A quadrilha atuava em várias cidades, como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e Jupi, no Agreste.

O modus operandi era extremamente organizado. Primeiro, os criminosos alugavam veículos de locadoras situadas na capital. Durante o período de locação, instalavam rastreadores clandestinos nos automóveis e copiavam suas chaves. Após devolverem os veículos às locadoras, monitoravam sua nova locação por outros clientes e esperavam o momento propício para furtá-los. Os carros eram vendidos posteriormente para receptadores identificados pela polícia.

De acordo com o delegado Altemar Mamede, titular da Delegacia Seccional do Cabo de Santo Agostinho, os prejuízos não se limitavam aos proprietários das locadoras. “Nos boletins de ocorrência desses crimes, encontramos relatos de vítimas que tiveram pertences pessoais dentro dos veículos, como carteiras, documentos, notebooks e celulares. Uma das locadoras acumulou prejuízo de R$ 700 mil”, afirmou. O delegado destacou ainda que furtos semelhantes ocorreram em Porto de Galinhas.

Operação conjunta reforça combate ao crime

A operação mobilizou 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, das delegacias do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. Além dos três presos, outras duas pessoas continuam foragidas: um membro que participava das locações dos veículos e outro que atuava como receptador.

Os suspeitos capturados foram encaminhados para audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciário. “Esperamos que as medidas judiciais garantam a responsabilização desses indivíduos pelos crimes cometidos”, finalizou o delegado.

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