• 17/04/2024
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Real desvaloriza mais que o peso argentino ante o dólar

Real desvaloriza mais que o peso argentino ante o dólar

Em 1° de abril, a cotação do dólar estava em R$ 5,01. Já no fechamento do mercado na segunda-feira 15, a moeda americana subiu para R$ 5,19. E seguiu em alta, nesta terça-feira, a moeda norte-americana encerrou o dia sendo negociada a R$ 5,27.
Ao considerar o valor de ontem, o dólar teve uma valorização de 1,24% frente ao real e chegou ao maior valor desde 27 de março de 2023. Recorde que subiu nesta terça-feira.

Real desvaloriza mais que o peso argentino em abril

O peso argentino se desvalorizou frente ao dólar em proporção bem menor do que o real. Na abertura do mercado em 1° de abril, um dólar valia 857,12 pesos. No encerramento da cotação de ontem, uma unidade da moeda americana valia868,25 pesos.

A partir desses resultados, o real acumula desvalorização de 1,11% na semana e 5,54% no ano. Na cotação do dólar, um peso argentino equivale a US$ 0,0012. Apesar da inflação no país dos últimos anos, a moeda tem um mês significativamente melhor que a brasileira.

Para os economistas, há duas razões que explicam a queda da moeda brasileira frente à da Argentina. A primeira delas seria o temor sobre as contas públicas brasileiras.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo terá meta de déficit zero em 2025, o que indica um afrouxamento do superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado em 2023 e um adiamento do ajuste fiscal.

Outro fator que desestabilizou o mercado é a possível resposta de Israel depois do ataque do Irã. Na avaliação dos economistas, caso isso ocorra, os preços do petróleo vão subir e pressionar a inflação nos Estados Unidos. Isso faz com que haja uma possível fuga de investidores para o dólar, consequentemente desvalorizando o real.

Boletim Focus: mercado fica mais pessimista com juros em 2024

A previsão do mercado financeiro para os juros até o fim de 2024 ficou mais pessimista, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira, 16, pelo Banco Central (BC). Segundo o relatório, a estimativa é que a taxa básica de juros (Selic) aumente de 9% a 9,13%, até o fim deste ano. A inflação, por sua vez, deve ficar em 3,71%. A nova projeção está abaixo do projetado há uma semana (3,76%).

Há quatro semanas, esperava-se que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação do país, fechasse 2024 em 3,79%.

Revista Oeste

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