- 28/07/2024
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Urnas fecham na Venezuela após dia de votação tranquilo
O horário de votação nas eleições presidenciais da Venezuela deste domingo (28) foi encerrado às 19h, em um pleito onde o ditador Nicolás Maduro busca a reeleição contra o opositor Edmundo González, em um momento crítico para seu regime.
Eleitores que ainda estavam nas filas dos centros de votação puderam depositar seus votos. Ainda não há informações sobre a taxa de comparecimento — nas eleições anteriores, boicotadas pela oposição, a participação foi de cerca de 45%, a menor da história recente do país.
Maduro declarou que os resultados seriam divulgados às 22h (23h no horário de Brasília), mas a oposição espera que a apuração se prolongue até a madrugada. Realizadas sob um ambiente de restrições, perseguição política e exclusão da maioria da diáspora venezuelana, estas eleições são cercadas de incerteza.
Pouco antes do fechamento das urnas, membros da oposição credenciados para acompanhar os trabalhos do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, denunciaram que não tiveram acesso ao espaço onde será realizada a apuração dos votos.
Apesar da tranquilidade aparente no dia de votação, o clima de tensão era palpável. Maduro, que busca um terceiro mandato, alertou que sem ele o país enfrentaria um “banho de sangue” causado pelo “capitalismo selvagem”. Ao votar neste domingo, o ditador afirmou que respeitará o resultado anunciado pelo CNE.
Em alguns centros de votação, a votação demorou uma hora para começar, com os eleitores esperando em filas. Em outro local, houve um incidente isolado de conflito entre eleitores com linhas políticas opostas.
Cenário internacional
Em um centro de votação na região de La Mercedes, em Caracas, muitos idosos aguardavam sentados, sendo auxiliados pela polícia bolivariana para se protegerem do sol de 28°C. Em áreas mais movimentadas da capital, opositores foram votar vestidos com roupas estampadas com a bandeira da Venezuela, enquanto ônibus traziam eleitores de Maduro de outras localidades.
Para os apoiadores de Maduro, ele é visto como a única garantia de paz para o país.
Com informações – Folha de São Paulo