- 24/05/2023
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Vereadora sofre ameaças durante três dias, por mensagens, para votar a favor da cassação do prefeito de Martinópolis e registra o caso na Polícia Civil
A vereadora Sonia Pires Bueno Chanquini (PSD) registrou na Polícia Civil um Boletim de Ocorrência por ameaça, na última segunda-feira (22), contra um funcionário público municipal, de 58 anos, que mandou mensagens para a parlamentar, durante três dias, em Martinópolis (SP), exigindo dela um voto favorável à cassação do prefeito Marco Antonio Jacomeli de Freita (Republicanos), que é alvo de uma Comissão de Investigação Processante (CIP) na Câmara Municipal.
A Polícia Civil informou ao g1 que as mensagens, “com ameaças diretas a ela e aos filhos” da vereadora, começaram a ser encaminhadas na última sexta-feira (19) e perduraram até domingo (21).
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A polícia ainda pontuou que, assim que o registro da ocorrência foi elaborado, as investigações foram iniciadas e, então, a identidade do suspeito, que trabalha como vigilante patrimonial na Prefeitura, foi descoberta ainda nesta segunda-feira (22).
“O funcionário público foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, em Martinópolis, e confessou ser o autor das ameaças”, explicou.
Depois de prestar declarações, o homem foi liberado. O seu aparelho celular, que havia sido utilizado para fazer o envio das mensagens, foi apreendido e será “encaminhado à perícia técnica” para passar por análise.
O delegado Renato Pinheiro, responsável pelo caso, adicionou ao g1 que está “aguardando a representação da vítima para instaurar o Termo Circunstanciado de Ocorrência”.
Vereadora
Em conversa com o g1, na terça-feira (23), a vereadora Sonia Chanquini disse que ficou “desesperada” com a situação.
“A princípio, eu ia abandonar tudo, pegar meu filho e ir embora para Portugal. Eu só ia avisar o Jurídico da Câmara depois e ia embora, porque nas ameaças ele falava para eu não abrir a boca, falou que tinha político envolvido, falou que tinha polícia e pessoas da minha igreja, e aí foi onde me desesperou”, citou.
Sonia ainda mencionou que, durante as ameaças, seu filho “estava chorando, com medo de matarem ele no caminho da escola”. “Enfim, eu não sabia o que fazer”, admitiu a vereadora.
Ela ainda ressaltou ao g1 que, mesmo após esta situação, mantém a posição de votar contra a cassação do prefeito.
“Só [votaria contra] se houvesse denúncia de corrupção e desvio do dinheiro público, aí sim eu voto para cassar”, concluiu a parlamentar.
Segundo o relato que a própria vítima apresentou à TV Fronteira, uma das mensagens ameaçadoras que lhe foram enviadas é a seguinte: