• 20/01/2025
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Menino de 7 anos é morto após desavença com padrasto: avô relata ameaças antes do crime

Menino de 7 anos é morto após desavença com padrasto: avô relata ameaças antes do crime

O brutal assassinato de José Felipe da Silva, conhecido como Zezinho, de apenas sete anos, abalou a cidade de Frei Miguelinho, no Agreste de Pernambuco. O corpo da criança foi encontrado no último domingo (19), próximo a um açude. Na manhã desta segunda-feira (20), o avô do menino, José Pereira, de 64 anos, esteve no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e compartilhou detalhes que podem elucidar a motivação do crime.

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, José revelou que, dias antes do desaparecimento de Zezinho, o neto havia se envolvido em uma briga entre a mãe e o padrasto. “Meu neto deu dois chutes no pé do padrasto para defender a mãe. Ele ficou com raiva e disse que isso não ia ficar assim, que iria se vingar”, relatou o avô, visivelmente abalado.

Rotina interrompida e busca incansável

Zezinho morava com o avô desde pequeno, mas mantinha contato próximo com a mãe, já que as residências ficavam próximas. José Pereira contou que, na quinta-feira (16), saiu para trabalhar pela manhã, deixando o neto dormindo. Ao retornar, Zezinho não estava em casa. “Perguntei aos vizinhos, fui atrás das crianças, procurei por todo lugar. Só encontramos o corpo no sábado, perto do açude, um pouco distante da minha casa”, desabafou.

Sobre a relação entre o padrasto e Zezinho, o avô mencionou que eles costumavam sair juntos pela manhã para cuidar dos animais. “Acredito que ele usou essa rotina para levar o menino sem que ninguém percebesse”, afirmou.

Família desolada e acusações infundadas

O relacionamento da mãe de Zezinho com o padrasto, que é menor de idade, começou há pouco mais de dois anos. Apesar de não ser marcado por brigas frequentes, o avô destacou que nunca se envolveu diretamente nos relacionamentos da filha. “Ela já teve outros maridos, incluindo o pai de Zezinho, que ajudou muito nas buscas pelo menino”, disse.

José Pereira também fez questão de defender a filha das suspeitas levantadas por moradores locais sobre sua possível participação no crime. “Ela não tem culpa e jamais faria algo tão cruel. No dia do desaparecimento, saiu para matricular o outro filho na escola e demorou bastante. Quando voltou, pensou que Zezinho estivesse comigo. Ela está arrasada”, lamentou.

Despedida marcada pela dor

O enterro de Zezinho está programado para esta segunda-feira (20), no Cemitério Parque da Saudade, em Frei Miguelinho. A cerimônia será marcada pela comoção de familiares e amigos, que buscam por justiça diante de tamanha tragédia.

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