Juíza Rejeita Prisão Domiciliar para Médico Acusado de Abuso: “Problemas de Saúde Não Impediram Lazer

A juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou nesta segunda-feira (31) o pedido da defesa do médico pediatra Fernando Cunha Lima para converter sua prisão provisória em domiciliar. O profissional, acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas médicas, permanece detido em Abreu e Lima, na Região Metropolitana de Recife, enquanto aguarda transferência para a Paraíba.

A defesa de Fernando Cunha Lima argumentou que problemas de saúde e sua idade avançada justificavam a conversão da prisão para o regime domiciliar. No entanto, a magistrada rejeitou os argumentos, destacando que as condições de saúde mencionadas são preexistentes e ligadas ao processo natural de envelhecimento. A juíza também apontou inconsistências nas alegações, citando que tais problemas não impediram o médico de desfrutar momentos de lazer ou consumir sorvetes e cervejas geladas enquanto esteve foragido.

No documento, a juíza enfatizou: “Seus problemas pneumológicos não o impediram de apreciar um bom sorvete ou uma cerveja gelada, assim como seus problemas na coluna não o privaram do convívio familiar e de momentos de lazer. Como bem destacou a ilustre representante do Ministério Público, no período em que o réu esteve foragido, ele manteve uma rotina incompatível com o quadro de saúde alegado pela defesa.”

Além disso, a magistrada reiterou a urgência na transferência de Fernando Cunha Lima para a Paraíba, conforme já determinado em decisão anterior. A medida busca garantir maior eficiência no andamento do processo e evitar novos atrasos na tramitação judicial.

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