• 11/01/2025
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Mulher Morre Após Contrair Raiva Humana em Pernambuco

Mulher Morre Após Contrair Raiva Humana em Pernambuco

Uma mulher de 56 anos morreu na manhã deste sábado (11) após contrair raiva humana em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco. O caso, o primeiro registrado no estado em oito anos, ocorreu após a paciente ser mordida por um sagui. Ela estava internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.

Detalhes do Caso

A vítima foi mordida na mão esquerda no dia 28 de novembro de 2024. Apesar de buscar atendimento médico inicialmente, foi orientada a retornar para completar o protocolo de tratamento com soro e quatro doses da vacina antirrábica. Contudo, não deu continuidade à profilaxia.

Quase 30 dias depois, os sintomas começaram a se manifestar e evoluíram rapidamente. A paciente procurou novamente atendimento médico em sua cidade, sendo transferida posteriormente para o Huoc, onde o quadro se agravou. Os médicos atribuíram o desfecho fatal à ausência de tratamento adequado no momento da exposição.

Raiva Humana: Alta Letalidade

A raiva humana, causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, possui uma taxa de letalidade próxima de 100%. A doença é transmitida pelo contato com saliva ou secreções de mamíferos infectados, como cães, gatos, morcegos, primatas, entre outros.

Os sintomas geralmente surgem entre dois a dez dias após o período de incubação e incluem febre, dores musculares, e alterações neurológicas, podendo evoluir rapidamente para um quadro grave.

O Ministério da Saúde informa que, entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 48 casos de raiva humana. As principais fontes de contaminação foram morcegos (24 casos), cães (nove casos) e primatas não humanos (seis casos).

Prevenção é Fundamental

Em situações de agressão por animais silvestres, é essencial procurar assistência médica imediata. A profilaxia consiste na aplicação de soro antirrábico e quatro doses da vacina, que devem ser administradas no período indicado para evitar o desenvolvimento da doença.

Embora extremamente rara, há registro de sobrevivência: em 2009, um adolescente pernambucano de 16 anos foi tratado com sucesso no Huoc após contrair a raiva por meio de uma mordida de morcego.

Em nota, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz lamentou a perda:
“Expressamos as mais sinceras condolências e desejamos conforto e força à família.”

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