- 13/05/2025
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Papa Leão XIV pede liberdade para jornalistas presos e alerta sobre os desafios da comunicação moderna

Nesta segunda-feira (12), o Papa Leão XIV reuniu cerca de 5 mil jornalistas e técnicos no Vaticano para agradecer pela cobertura da transição papal e discursar sobre temas cruciais para o mundo contemporâneo. Durante o evento, o pontífice expressou solidariedade aos profissionais da imprensa que enfrentam prisões em diversos países por exercerem seu direito à liberdade de expressão.
De acordo com dados do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, ao menos 361 jornalistas estavam detidos no final de 2024. Em sua fala, o papa destacou que “o sofrimento desses jornalistas desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a salvaguardar o precioso dom da liberdade de expressão e da imprensa”. Ele também criticou as divisões provocadas pelas narrativas conflituosas e pediu uma comunicação mais compassiva e inclusiva, capaz de ouvir “as vozes dos fracos que não têm voz”.
Leão XIV reiterou um apelo feito anteriormente pelo Papa Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, defendendo o desarmamento das palavras e o fim das “guerras de palavras” que polarizam sociedades. Ao final do discurso, brincou com os presentes em inglês: “Ficarei grato se todos ainda estiverem acordados para aplaudir no final”.
Preocupações com a tecnologia e início da diplomacia papal
O novo papa também abordou o impacto da Inteligência Artificial (IA) no campo da comunicação. Reconhecendo o potencial transformador dessa tecnologia, ele enfatizou a necessidade de responsabilidade e discernimento ao lidar com suas implicações éticas e sociais.
Além disso, Leão XIV iniciou sua missão diplomática com uma conversa telefônica com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Os dois discutiram propostas de cessar-fogo, a situação das crianças retiradas à força da Ucrânia por soldados russos e os esforços internacionais para negociar o fim do conflito.
Simbolismo dos aposentos papais
Outro momento simbólico foi registrado quando Leão XIV rompeu o lacre do apartamento papal no Palácio Apostólico, selado desde a morte de Bento XVI. O espaço, que inclui dez cômodos distribuídos entre quartos, salas, uma biblioteca e o escritório papal com vista para a Praça São Pedro, será reformado antes de receber o novo morador. A decisão marca uma mudança significativa em relação ao estilo de vida simples adotado por Francisco, que preferiu residir na Casa Santa Marta.
Com infiltrações e sinais de deterioração após anos sem uso, os aposentos serão adaptados para atender às necessidades do pontífice, que agora busca equilibrar tradição e modernidade em sua liderança.