• 02/04/2025
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Prefeito do Recife Move Ação Contra Posto de Combustíveis por Uso de Nome Similar ao Seu

Prefeito do Recife Move Ação Contra Posto de Combustíveis por Uso de Nome Similar ao Seu

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), entrou com uma ação judicial contra o proprietário de um posto de combustíveis localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. O motivo? O uso do nome “Posto João Campos”, que, segundo o político, poderia confundir a população sobre sua relação com o estabelecimento. A decisão liminar, proferida pela 26ª Vara Cível da Capital, determinou que o posto alterasse seu nome fantasia em até dois dias úteis, sob pena de multa diária de R$ 1.000, limitada a R$ 100 mil.

O posto, inaugurado em 2022 na região de Setúbal, já operava com o nome contestado. De acordo com Marcos Fonseca, advogado do empresário João Paulo de Moura, dono do empreendimento, o título “João Campos” é uma homenagem combinada: o primeiro nome faz referência ao sócio-administrador, enquanto “Campos” é uma reverência ao avô do empresário. Para Fonseca, o nome está em conformidade com as normas empresariais, que permitem o uso do nome do proprietário para evitar interpretações equivocadas.

Apesar dos argumentos apresentados, o juiz Damião Severiano de Sousa acolheu o pedido do prefeito, determinando a retirada imediata do nome e de qualquer menção associada ao político na fachada do posto. Como resultado, o estabelecimento passou a ser chamado de “Posto Setúbal”. A decisão também impôs sigilo ao processo, atendendo a um pedido da defesa de João Campos.

Em nota, a equipe de comunicação do prefeito afirmou que ele buscou inicialmente uma solução amigável antes de recorrer à Justiça. “O prefeito procurou os responsáveis pelo posto para solicitar a retirada amigável do nome fantasia adotado, visando evitar potencial de confusão na população em relação à propriedade do estabelecimento”, declarou. Após a negativa do empresário, a ação foi formalizada e julgada procedente.

Por outro lado, a defesa do posto classificou a decisão como “desproporcional” e “descabida”. Segundo Fonseca, a empresa sempre esteve regularizada e operante desde 2022, com cadastro junto à Receita Federal e Junta Comercial. Ele criticou o momento escolhido para a ação, ocorrida às vésperas das eleições municipais de 2024. “Foi totalmente desproporcional essa ação judicial, até porque houve contato prévio e provas documentais foram apresentadas. Por que só agora, após tanto tempo, isso foi questionado?”, questionou o advogado.

A defesa do empresário informou que irá recorrer da decisão e espera que o Tribunal de Justiça de Pernambuco revise a liminar em segunda instância. Até lá, o caso permanece cercado de polêmica, refletindo um embate entre direitos de personalidade e liberdades empresariais.

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