- 01/03/2024
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Ex-professora doa R$ 5 bilhões para bancar mensalidade de todos os alunos de faculdade de medicina em bairro mais pobre de Nova York
Uma ex-professora da faculdade de medicina Albert Einstein, no Bronx, em Nova York, anunciou uma doação para a instituição de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões), segundo o jornal “The New York Times”. De acordo com Ruth Gottesman, de 93 anos, autora da doação, o dinheiro é destinado para cobrir os custos da graduação de todos os estudantes.
A doação feita pela doutora Ruth Gottesman é uma das maiores da história dos Estados Unidos destinadas a uma instituição educacional do país.
Além do alto valor, a doação chamou atenção também pelo destino: uma faculdade do Bronx, o bairro mais pobre e com os piores índices de saúde da cidade de Nova York, segundo o Instituto de Saúde Populacional da Universidade de Wisconsin.
O custo da graduação da faculdade Einstein é de mais de US$ 59 mil (cerca de R$ 293 mil) por ano, e muitos acabavam se formando com dívidas na casa dos US$ 200 mil (cerca de R$ 996 mil).
Segundo o jornal americano, o gesto de Gottesman vai na contramão de doações feitas por outros bilionários no passado, que destinam centenas de milhões de dólares para escolas de medicina e hospitais mais conhecidos em Manhattan, o bairro mais rico da cidade.
Ruth Gottesman é ex-professora da Albert Einstein, onde estudou dificuldades de aprendizagem, desenvolveu um teste de triagem e coordenou programas de alfabetização. Ela chegou em 1968 na instituição como diretora de serviços psicoeducacionais e atualmente é a presidente do conselho de curadores da faculdade.
Segundo o “The New York Times”, a fortuna de Ruth veio de seu falecido marido, David Gottesman, que foi próximo a Warren Buffett, investidor norte-americano que está entre as pessoas mais ricas do mundo, segundo listas da Forbes.
Segundo Ruth, quando seu marido morreu, em 2022, ele deixou ações da Berkshire Hathaway para ela. “Faça o que você achar certo com isso”, disse Ruth relembrando mensagem póstuma de David.
“Eu queria financiar alunos da Einstein para que recebessem mensalidades gratuitas”, disse ela. E havia dinheiro suficiente para fazer isso “para sempre”, afirmou ao jornal americano.
Fonte: G1